A obra, filmada em Lisboa, é de autoria do autor e realizador português Tiago R.
Santos e no elenco estão Sebastiano Pigazzi (italiano), Teresa Tavares
(portuguesa) e Thiago Justino (brasileiro). Em Última Noite, uma terrível acusação
entre ex-namorados provoca uma vertigem de acontecimentos que culminam num
momento de loucura e o filme aborda de forma direta o flagelo da violência sexual sobre
as mulheres.
Na véspera do seu regresso a Nova Iorque, Andrew, um jovem escritor americano, é
confrontado por Sara, uma artista portuguesa que o acusa de um terrível crime. O que
começa como um tenso reencontro transforma-se numa intensa batalha psicológica,
onde a verdade é corrompida pela memória, e a violência se revela de forma inesperada.
O longa é um thriller psicológico, onde a cidade de Lisboa não serve apenas como pano
de fundo; mas é também o reflexo do estado emocional dos protagonistas, criando uma
sensação de desconforto e instabilidade. A luz e a sombra; a oposição entre a realidade
e a subjetividade da memória - estes serão os elementos dramatúrgicos com que iremos
construir a nossa narrativa, onde as personagens secundárias servem como guardas de
um labirinto onde a verdade se confunde com um pesadelo.
As filmagens começam neste sábado (15) e o longa mais uma vez reforça a relação
entre Brasil e Portugal. Última Noite é uma produção da produtora portuguesa Fado
Filmes em coprodução com a brasileira FM Produções e terá como distribuidora a
Filmes do Estação.
Sinopse:
Andrew, um escritor americano na casa dos 30 anos, está prestes a deixar Lisboa depois
de quase dois anos vivendo na cidade. Desiludido com a sua vida como expatriado e com
a sensação de que está preso num ciclo de frustração, ele vê a sua despedida como um
novo começo. No entanto, na sua última noite, uma visita inesperada de Sara, uma
artista com quem manteve uma relação e dividiu apartamento durante a sua estadia em
Portugal, transforma a sua última noite num confronto intenso e perturbador. O que
começa como uma conversa carregada de nostalgia e ressentimento evolui para um jogo
psicológico marcado por acusações devastadoras, manipulação emocional e violência.
A tensão atinge o ponto de ruptura quando Sara acusa Andrew de tê-la violentado.
Andrew, pego completamente de surpresa, nega a acusação veementemente, mas à
medida que a discussão avança, a dúvida instala-se. Será ele culpado e simplesmente
incapaz de admitir? Ou será Sara que, afundada em dor e trauma, reconstruiu a
memória de um momento de intimidade como um ato de agressão?
Ficha Técnica:
Argumento e Realização - Tiago R. Santos
Diretor de Fotografia - Leandro Vaz da Silva
Diretor responsável do Som Direto - Marcelo Lessa
Microfonista - Elielson Ribeiro Amaral
Continuísta - Florence Weyne Robert
Figurinista - Kika Lopes
Finalização de som e Imagem - NIT'S LAB
Produção: Fado Filmes e FM Produções
O autor:
TIAGO R. SANTOS é argumentista, romancista, professor, crítico de cinema e, mais
recentemente, realizador. Nasceu em 1976 e, depois de uma breve carreira como
jornalista, iniciou a sua carreira de argumentista em 2007, com Call Girl. Escreveu A
Bela e o Paparazzo e Os Gatos Não Têm Vertigens – filmes produzidos por Tino Navarro,
com o qual venceu o prémio Sophia, da Academia de Cinema Portuguesa, e o Prémio
Autor, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores - e trabalhou em séries como
Liberdade 21, Conta-me como Foi e Filhos do Rock (entre outras). Foi o autor da nova
versão do argumento de O Leão da Estrela, remake realizado por Leonel Vieira, e de
Amor Impossível, de António-Pedro Vasconcelos, filmes que estrearam em 2015 - este
último nomeado para 17 Prémios Sophia, incluindo Melhor Argumento Original. Foi crítico
de cinema para o suplemento
As produtoras:
FADO FILMES, produtora portuguesa, já produziu mais de 40 filmes, a maioria dos quais
são coproduções com países como França, Espanha, Brasil e outros, apoiados por fundos
internacionais como Eurimages e Ibermedia. Entre os destaques recentes estão as
estreias de O Silêncio de Goya (2023) no Festival de Cannes, Manas (2024) nas Giornate
degli Autori do Festival de Veneza e Os Enforcados (2024) no Festival Internacional de
Toronto.
FM PRODUÇÕES, liderada pelo brasieliro Fernando Muniz, ganhou destaque internacional
ao coproduzir Cinema Novo de Eryk Rocha – melhor documentário no Festival de
Cannes, em 2016. FM é produtor associado de O Grande Circo Místico, dirigido por Cacá
Diegues; Em 2019 coproduziu Veneza, dirigido por Miguel Falabella, com Carmen Maura,
Dira Paes e Eduardo Moscovis. Em 2024, o longa Filhos Do Mangue, dirigido por Eliane
Caffé, do qual Fernando Muniz é Produtor Executivo, ganhou os prêmios de Melhor
Direção e Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Gramado. O filme vai estrear nas salas
de exibição do Brasil em maio de 2025.
Filmes do Estação - Distribuidora
A Distribuidora Filmes do Estação, braço de distribuição do Grupo Estação, completa um
ano de atuação no mercado, após a retomada de suas atividades, em 2024. Fundada
originalmente em 1990, foi responsável por lançamentos de sucessos brasileiros e
internacionais e distribuiu no Brasil cerca de 300 títulos, se especializando também no
relançamento de clássicos. Em 2024, retornou às atividades com o propósito de
continuar a formar novas gerações de amantes do cinema. Pensando em lançar cada
filme de forma atenta, criativa, original e cuidadosa, a empresa opta por trabalhar com
poucos projetos por ano. Dentre os brasileiros, a Filmes do Estação distribuiu, ao longo
de sua trajetória, filmes independentes como "Cheiro do Ralo", de Heitor Dhalia;
"Riscado", de Gustavo Pizzi e "Juízo", de Maria Augusta Ramos. em 2024, dos sete filmes
lançados, três deles fizeram parte de listas de melhores do ano: o documentário francês
“Orlando, Minha Biografia Política”, de Paul B. Preciado, e os filmes nacionais “O Diabo
na Rua no Meio do Redemunho”, de Bia Lessa e “Malu”, de Pedro Freire. Em 2024, a
distribuidora também lançou os filmes nacionais “De Pai para Filho”, de Paulo Halm,
“Fausto Fawcett na Cabeça”, de Victor Lopes, “Transe”, de Anne Pinheiro Guimarães e
Carolina Jabor (estes três em parceria com a Arthouse), além do documentário Ospina,
Cali, Colômbia, do diretor português Jorge Carvalho. Para 2025 estão previstos diversos
lançamentos nacionais, como o premiado “Sempre Garotas”, de Suchi Talati e “Uma bela
Vida”, de Costa-Gavras, e longas nacionais como “As Vitrines”, da diretora e roteirista
Flavia Castro, seu quarto longa-metragem, uma produção de Marcello Maia em parceria
com a Globo Filmes.
